Turismo Local Forte: O Papel da Gestão Pública, Iniciativa Privada e Comunidade na Governança Turística
- Cristiano L Cazarotto
- 16 de abr.
- 3 min de leitura

O que é governança turística e por que ela importa
A governança turística é a base para o desenvolvimento inteligente e sustentável do turismo em qualquer município ou região. Trata-se da articulação entre diferentes atores — como o poder público, o setor privado e a sociedade civil — com o objetivo de planejar, decidir e executar ações conjuntas que fortaleçam os destinos turísticos locais.
Quando essa gestão é integrada, o turismo deixa de ser uma política isolada e passa a ser parte de um projeto de desenvolvimento territorial mais amplo e duradouro.
Como integrar os setores público, privado e social
A cooperação multissetorial é o grande diferencial das regiões que conseguem estruturar um turismo forte e resiliente. Veja o papel de cada setor nesse processo:
Gestão pública: cria políticas públicas, assegura infraestrutura e fomenta mecanismos legais, como o Plano Municipal de Turismo e o acesso ao ICMS Turístico.
Iniciativa privada: investe em serviços, qualifica a oferta turística e traz a visão de mercado.
Sociedade civil: representa a cultura local, organiza demandas e fortalece a identidade do território.
Quando todos os setores atuam em sintonia, surgem decisões mais justas, maior engajamento e melhores resultados para a economia local.
5 fatores essenciais para desenvolver o turismo local com governança integrada
1. Planejamento com visão compartilhada
A construção coletiva de planos municipais de turismo torna as ações mais eficientes e conectadas com a realidade local. A união entre poder público, iniciativa privada e comunidades gera planos mais aplicáveis e com metas reais, criando um caminho concreto para o crescimento do turismo.
2. Conselhos e Circuitos Turísticos atuantes
A governança turística participativa garante legitimidade, continuidade e engajamento.
A atuação dos Conselhos Municipais de Turismo e dos Circuitos Turísticos Regionais promove diálogo, articulação intersetorial e decisões mais assertivas.
A participação ativa da iniciativa privada nesses espaços, como os Circuitos Turísticos, é um pilar estratégico. Ao se envolver, o setor empresarial fortalece o próprio mercado, gera pertencimento e impulsiona a profissionalização do destino como um todo.
3. Valorização das identidades locais
A sociedade civil organizada traz a essência do território. Ao incluir saberes tradicionais, manifestações culturais e empreendimentos comunitários na construção do turismo, fortalecemos a autenticidade do destino e promovemos inclusão, geração de renda e protagonismo local.
4. Captação de recursos e parcerias estratégicas
Com a gestão pública e privada integrada facilita-se o acesso a financiamentos, como editais culturais, recursos do ICMS Turístico e parcerias público-privadas. Essa sinergia evita esforços isolados e permite a criação de campanhas, eventos e produtos turísticos regionais com mais impacto.
5. Monitoramento, inovação e continuidade
O turismo precisa ser monitorado, avaliado e ajustado constantemente. A troca constante de informações entre setores favorece a inovação em turismo, fomenta boas práticas e amplia o repertório de soluções locais. Isso garante que os impactos positivos do turismo sejam duradouros e bem distribuídos.
Caminhos para uma política pública de turismo eficaz
O desenvolvimento turístico de um município não depende apenas de recursos financeiros, mas sim de boas parcerias, escuta ativa e corresponsabilidade entre todos os setores.
A governança compartilhada, com protagonismo da comunidade e participação efetiva do trade turístico, é o alicerce para transformar o turismo em política pública real — capaz de gerar emprego, fortalecer a economia local e valorizar as raízes culturais do território.
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